Por que você gosta de VTES?

Em casa
Conheço vários motivos por que gosto de VTES. A curiosidade é saber o seu motivo, leitor. Queria fazer deste post um espaço para os jogadores deste card game expressarem sua opinião sobre o assunto.

Assim, peço que havendo vontade de expressar-se, envie-me um e-mail com um texto de umas 5 a 10 linhas que eu postarei neste post. Ou seja, ficarei atualizando o mesmo ao passo que me forem enviados textos novos. Olha o meu e-mail: claudiotorcato@gmail.com

Aqui vai a minha resposta:

Descobri que gosto de card games porque eles não nos cansam, não ficamos enfadados com facilidade. Comprei alguns jogos de tabuleiro que confirmaram minhas suspeitas. Quase todos eles não demonstram uma gama enorme de possibilidades como um jogo de card games.

Passei alguns anos entusiasmado com Magic: The Gathering, o maior card game da atualidade e o primeiro do gênero. Comercialmente é um sucesso, não tenho dúvidas. Com ele, gastei uma boa grana montando decks para duelar com outros jogadores e me diverti bastante. Pelo menos até o tempo que teria que renovar novamente minhas cartas por conta da rotação. Nesse momento eu entrava em crise. Só posso crer que não gostava tanto assim dele, pois jogadores com menos condições mantém o jogo regularmente e durante muitos anos. Ou seja, não é desculpa eu ter que parar algumas vezes por conta de corte de despesas na dotação orçamentária: recreação.

Num destes períodos de crise, próximo a uma rotação, decidi ir atrás de outro card game. Um diferente. Nada de Yu-gi-oh! ou Pokemon. Nos tempos de RPGistas, quando comprava revistas do gênero, conheci outros card games, como Rage, Jyhad, Illuminati, entre outros. Resolvi pesquisar sobre o Jyhad, agora chamado de Vampire: The Eternal Struggle, afinal era uma invenção de Richard Garfield, criador do Magic.

Em princípio gostei do fato de ser multiplayer. Depois gostei de adaptar muito bem o universo de Word of Darkness da White-Wolf. Sensacional. Os vários clãs representados com suas disciplinas, a parte de combate, o mecanismo de negociação e intriga, a diablerie, as caçadas de sangue, a idéia da Jihad tão bem esquematizados. Um clima bem mais adulto que os outros card games. Ficou mais fácil para mim pensar em envelhecer jogando-o que a qualquer outro.

Quando consegui pessoas para jogarem comigo, fui entendendo melhor o mecanismo presa-predador que faz com que o jogo não descambe em um vale-tudo. Magic, na minha opinião, por ser um jogo eminentemente para duelos, ainda não conseguiu uma variante multiplayer que seja nem de perto tão bom quanto as mecânicas adotadas pelo VTES.

Num restaurante
Outra coisa que gostei bastante no jogo foi não haver rotação de cartas. Isso é ótimo. O jogo fica mais barato. Nada impede que você continue comprando cartas de novas coleções, porque simplesmente você vai querer sempre variar. É a essência dos card games testar novas idéias, mecânicas, arquétipos, etc.

Depois de quase dois anos jogando VTES, mesmo com poucos parceiros de jogo, mantenho o mesmo entusiasmo e sigo querendo melhorar cada vez mais, tanto para meu próprio ego quanto para ser um desafio para meus companheiros de jogatina.

Torço para que uma nova empresa traga-o do torpor e novas coleções apareçam. Na verdade, tem uma coleção a caminho, mesmo que nenhuma empresa o produza. Não preciso lembrar que o jogo continua vivo, ainda havendo campeonatos continentais e nacionais, principalmente na Europa e EUA.

Termino aqui minha resposta. A de vocês não precisa ser tão longa como esta. Na verdade, como disse uma vez Leonardo da Vinci: "a simplicidade é o último grau de sofisticação".

Resposta de Flávio Valente:

"VTES é um jogo admirável pela interação entre jogadores. Não só fora da mesa, mas principalmente durante as partidas. Na minha opinião este é o principal motivo para o sucesso e durabilidade desse jogo que já está em seu segundo torpor e não dá sinais de cansaço entre os jogadores. Dificilmente alguém em uma mesa com quatro jogadores vencerá dependendo somente de seu deck, desprezando as variáveis sociais existentes, ou seja, sem dialogar, barganhar ou intimidar. A palavra certa, o acordo negociado com cuidado e principalmente a reputação construída no playgroup, as vezes, são mais importantes que as cartas que você tem nas mãos ou na livraria. Em suma, na minha opinião, VTES é sensacional por ser um jogo em que a interação social é mais poderosa que um deck extremante caro." Em 23 de Junho de 2012.

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